Deputado propõe projeto controverso em MG para impedir atendimento de bonecos reborn pelo SUS
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A proposta pode soar inusitada num primeiro momento, mas traz à tona um debate relevante: de que forma devemos abordar casos que envolvem laços simbólicos
Um novo projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) reacende uma discussão curiosa e controversa: o uso de bonecas hiper-realistas, conhecidas como “bebês reborn“, nos serviços públicos de saúde.
De autoria do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL), o PL 3.757/2025 propõe a proibição expressa do atendimento a esses bonecos e outros objetos inanimados em unidades públicas mineiras. Segundo o texto, quem descumprir a regra poderá ser multado em até dez vezes o valor do serviço prestado.
Confeccionados manualmente, com detalhes que imitam com precisão recém-nascidos reais — da textura da pele aos fios de cabelo —, esses bonecos vêm ganhando espaço como instrumentos de apoio emocional.
São utilizados por colecionadores, entusiastas e também por pessoas em situações delicadas, como luto perinatal ou transtornos de ansiedade.